30 de abr. de 2012

Cleópatra (1963)

A história de "Cleópatra", a antiga rainha egípcia, afetou o destino do mundo e está repleta de romance, aventura e tragédia. Cleópatra (Elizabeth Taylor) é uma mulher com uma ambição feroz para governar, através da união do Egito e do Império Romano. Ela é também inteligente e capaz de seduzir os poderosos Júlio César e Marco Antonio.


A história começa em 48 a.C., durante as guerras civis que derrubaram a antiga República Romana. Depois da vitória decisiva, o general Júlio César (Rex Harrison) vai para o Egito, a fim de capturar seu inimigo derrotado Pompeu que buscou refúgio.

O governo egípcio entrega a cabeça de Pompeu para César, mas este ato não agrada o general romano que decide punir os responsáveis com a morte e colocar Cleópatra, irmã do jovem rei Ptolomeu, no poder do Egito. A nova rainha usa seu charme e inteligência para trazer César a seu lado e dar-lhe um filho, mesmo ele sendo casado.
Os romanos sentem-se desconfortáveis com o bastardo que César teve e temem que sacrifique os ideais de democracia romana pelo despotismo egípcio. Um grupo de conspiradores mata César (na foto ao lado com Cleópatra) em pleno Fórum de Roma.

É criado um triunvirato de poder entre Marco Antonio (Richard Burton), Otavio (Roddy McDowall) e Lépido. Quando Lépido morre e Antonio é seduzido por Cleópatra, surge a oportunidade para Otavio governar o Império sozinho. Ele manipula o Senado a declarar guerra ao Egito e Antonio.

Hoje, este filme dirigido por Joseph L. Mankiewicz é lembrado por ter o segundo orçamento mais caro da história e por resgatar a 20th Century Fox da falência. O investimento dos produtores serviu para ter cenas espetaculares e atores de peso.

Apesar de seu enorme orçamento, a obra parece inacabada. O diretor planejava um filme de seis horas dividido em duas partes de três. Mas, os chefes do estúdio eram contra o que resultou na versão única de três horas (ampliado para quatro, em 1995, na edição especial).

Agora parece que são dois filmes de duas horas cada. A primeira parte é melhor, principalmente devido a César ser um protagonista muito mais intrigante do que Marco Antonio (na foto ao lado com Cleópatra). A segunda parte parece mais desorganizada na montagem das cenas.

No entanto, o pior problema do filme é o ritmo lento. A entrada triunfal de Cleópatra em Roma, por exemplo, demanda muito tempo o que cria uma pausa desnecessária na trama.


Cleópatra (Cleopatra, 1963)
Direção: Joseph L. Mankiewicz
Roteiro: Joseph L. Mankiewicz e Ranald McDougall
Elenco: Elizabeth Taylor, Rex Harrison, Richard Burton, Roddy McDowall, Martin Landau

Trailer em inglês:

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22 de abr. de 2012

O Pagador de Promessas (1962)

Diz a lenda que foi François Truffaut quem puxou o aplauso que garantiu a inesperada Palma de Ouro no Festival de Cannes para "O Pagador de Promessas". O fato é que o filme foi ovacionado e é fácil entender o motivo.

A obra do diretor Anselmo Duarte é empolgante e tem uma conclusão inesquecível: o povo unido vence qualquer barreira. E o filme resistiu muito bem ao tempo. Tecnicamente é perfeito no controle de figurantes e movimentos de câmera. Seu tema no conflito entre a religião organizada e a crendice popular é universal.

"O Pagador de Promessas" consegue manter a atualidade da força simbólica de suas cenas e é um retrato da riqueza cultural brasileira. Embora escrita há três décadas, a história de Dias Gomes para o teatro, fala de uma dinâmica social complexa que, muitas vezes, castiga o inocente até os limites da desesperança.

Zé do Burro (Leonardo Villar) é um pequeno proprietário rural que sai do campo carregando uma pesada cruz sobre os ombros por 42 quilômetros, rumo à cidade de Salvador. Diante do sofrimento de seu querido burro Nicolau, que fora atingido por um raio, Zé decide-se por recorrer a Iansã e promete a ela, em um terreiro de candomblé, levar uma cruz até o interior da Igreja de Santa Bárbara caso seu burro se recupere.

Iansã ou Santa Bárbara, para Zé, o nome tanto faz. O que importa é que Nicolau se recupere e a promessa seja cumprida. Porém, percorrer sete léguas, enfrentando chuva e sol, e ter a pele esfolada pela grande cruz se mostra o menor dos problemas do protagonista.

Ao chegar em Salvador, acompanhado pela esposa Rosa (Glória Menezes), se depara com a resistência do Padre Olavo (Dionízio Azevedo). O sacerdote não aceita que aquela promessa, feita a uma santa do candomblé, seja cumprida na sua igreja. Zé se instala diante da “casa de Deus” e teima em não sair até cumprir o prometido.

Além da Palma de Ouro, "O Pagador de Promessas" foi incluído entre os cinco finalistas que concorreram ao Oscar de filme estrangeiro e ganhou vários prêmios internacionais.

O Pagador de Promessas (1962)
Direção: Anselmo Duarte
Roteiro: Anselmo Duarte
Elenco: Leonardo Villar, Glória Menezes, Dionízio Azevedo, Geraldo Del-Rei, Othon Bastos, Norma Bengell

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19 de abr. de 2012

Movimentos do Cinema: Cinema Novo


A crítica questionava a dependência do mercado brasileiro aos filmes importados e a submissão do cineasta no Brasil à linguagem do cinema de Hollywood. Começou, então, a luta para que o cinema nacional se tornasse uma das expressões da cultura brasileira.

O movimento em prol de um cinema nacional ganhou força a partir do começo dos anos 60. O Cinema Novo, como todo movimento que propõe uma mudança e precisa conquistar seus espaços, tinha que definir os inimigos a combater. Seu alvo foi a chanchada.

Formava-se no Brasil, principalmente no Rio de Janeiro, uma geração de realizadores. Oriundo das universidades, esse grupo dedicou-se à crítica, à teoria e à produção de filmes. Desde o início percebeu-se em suas discussões uma vontade de fazer filmes sobre a realidade cultural brasileira. E Glauber Rocha disse a célebre frase que deu voz a esse movimento “Com uma câmera na mão e uma ideia na cabeça”.

Nesses anos eles conseguiram criar um movimento que contou com uma produção intelectual constante. Tiveram sucesso de crítica e conseguiram incluir a cinematografia brasileira entre as mais importantes do mundo. Laboratórios cinematográficos foram montados ou modernizados e formou-se uma mão de obra especializada, ainda que pequena.

Na primeira etapa do Cinema Novo, que vai até 1964, observamos os primeiros trabalhos dos diretores Cacá Diegues, Ruy Guerra, Paulo César Saraceni, Leon Hirszman, David Neves, Joaquim Pedro de Andrade, Luiz Carlos Barreto e Glauber Rocha. Entre outras produções dessa época podemos salientar os filmes “Vidas Secas” (1963), “Os Fuzis” (1963) e o prestigiado “Deus e o Diabo na Terra do Sol” (1964).

O segundo período do Cinema Novo, que vai de 1964 a 1968, versa sobre o momento agitado de instalação da ditadura militar no Brasil. O discurso em favor da ordem social passou a figurar outro tipo de temática dentro do movimento. Entre outros filmes dessa época, se destacam: “O Desafio” (1965), “Terra em Transe” (1967) e “O Bravo Guerreiro” (1968).

Após esse período, a predominância do discurso político engajado perde sua força na produção do cinema novo. Essa nova mudança refletia a eficácia dos instrumentos de censura e repressão da ditadura militar. Nesse último período do Cinema Novo, que se estende de 1968 a 1972, temos um volume menor de produções, entre as quais se destaca o filme "Macunaíma" (1969).

Inspirado na obra homônima de Mário de Andrade, esse filme reconta a trajetória do festivo e sensual herói da literatura brasileira por meio das primorosas atuações de Grande Otelo e Paulo José. Mas o Cinema Novo ficaria marcado como um dos principais movimentos da história do cinema mundial.

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14 de abr. de 2012

Lawrence da Arábia (1962)

Fascinante do começo ao fim, com performances excelentes, o filme é um épico histórico. Talvez os contras sejam a falta de um romance (não existe personagem feminino) e a longa duração (3h42min), mas mesmo esses detalhes não tiram o brilho de "Lawrence da Arábia" que tem na fotografia seu forte com cenas de cair o queixo.

Lawrence (Peter O'Toole) é um oficial do exército britânico durante a 1ª Guerra Mundial. O filme começa em 1935, com a morte de Lawrence em um acidente de moto. O tempo, em seguida, volta 20 anos até o Cairo, onde ele está prestes a começar a maior aventura de sua vida.

Ele é enviado ao deserto para convencer o príncipe árabe Feisel (Alec Guiness) e outros líderes de tribos para apoiar os britânicos contra os turcos para que esses não tomassem o Canal de Suez. O que se segue é um relato de como Lawrence tornou-se uma figura central na tentativa de unificar as tribos árabes contra os turcos.

O filme explora a amizade de Lawrence com Sherif Ali (Omar Sharif), líder de uma tribo e Auda Abu Tayi (Anthony Quinn), líder de outra. Depois de ser capturado e torturado pelos turcos, ele volta para o deserto, mas, impulsionado por um desejo de vingança. As seqüências de combate são superficiais para focar na história do personagem. Sua missão final - a captura de Damasco - mostra o lado escuro de Lawrence.

Para David Lean, considerado como um dos mestres do cinema épico, esta obra representou o empreendimento mais ambicioso de uma carreira frutífera. "Lawrence da Arábia" foi a estrela da cerimônia do Oscar de 1963, levando para casa sete prêmios: Melhor Diretor, Filme, Fotografia, Direção de Arte, Som, Música e Edição. Restaurada em 1989, a versão hoje disponível mostra a história como Lean pretendia que fosse vista com 35 minutos a mais do que a original.

Lawrence da Arábia (Lawrence of Arabia, 1962)
Direção: David Lean
Roteiro: Robert Bolt e Michael Wilson
Elenco: Peter O’Toole, Omar Sharif, Anthony Quinn, Alec Guiness

Trailer moderno em inglês:

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11 de abr. de 2012

007 Contra o Satânico Dr. No (1962)

A lenda começa aqui. James Bond é um dos personagens mais marcantes do cinema e as razões para isso são muitas. Entre outras coisas, o agente secreto mais famoso do mundo é incrivelmente corajoso, forte, discreto, engenhoso, cortês, sedutor e impiedosamente hábil em seu trabalho. Em sua primeira aparição no cinema, em 1962, a franquia baseada na obra do escritor inglês Ian Fleming iniciou com Sean Conory no papel principal do agente James Bond. Se você é fã, deve ver como tudo começou.

O filme "007 contra o Satânico Dr. No" envolve mistério e suspense com um cenário tropical onde Bond se envolve em cenas de luta e perseguição de carro, além da imagem marcante de Honey Ryder (Ursula Andress) saindo do mar em um biquíni branco (foto ao lado). Esse filme marcaria o começo de uma saga que já tem mais de 20 títulos.

Nesta primeira história nos cinemas, 007 é enviado à Jamaica para investigar o desaparecimento de um agente secreto britânico. Lá, ele se junta ao agente da CIA Felix Leiter (Jack Lord) e pedem à um proprietário de um barco, Quarrel (John Kitzmiller), que os leve até a ilha onde vive Dr. Julius No (Joseph Wiseman), um estranho cientista com um plano maléfico de destruir o programa espacial dos Estados Unidos.

Bond boicota o lançamento dos foguetes sobrecarregando o reator nuclear e mata o Dr. Julius No. O agente secreto salva Honey e os dois escapam do local que acaba por explodir. O sucesso desse primeiro filme criou um assombroso número de fãs, e certos aspectos da franquia ficaram famosos para sempre, como a bebida favorita de Bond - vodka-martini; a famosa frase de apresentação - "Meu nome é Bond... James Bond"; as invenções e os carros.


007 Contra o Satânico Dr. No (Dr. No, 1962)
Direção: Terence Young
Roteiro: Richard Maibaum, Johanna Harwood e Berkely Mather
Elenco: Sean Conory, Ursula Andress, Joseph Wiseman, Jack Lord

Trailer em inglês:

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7 de abr. de 2012

Uma Mulher para Dois (1962)

Dirigido por François Truffaut, baseado no romance de Henri-Pierre Roché, "Uma Mulher para Dois" (Jules et Jim em francês) começa com um olhar na animada e picante Paris de 1912. E retrata as aventuras de seus dois protagonistas boêmios Jules (Oskar Werner) e Jim (Henri Serre). Eles são alegres e companheiros inseparáveis. Jules é alemão e Jim é francês.

Eles dividem seu tempo, as experiências e as mulheres. Então, Jules encontra uma mulher que ele não quer dividir, seu nome é Catherine (Jeanne Moreau). O filme narra cerca de 20 anos nas vidas de seus três personagens centrais, começando na era da La Belle Epoche, pouco antes da primeira guerra mundial começar, e terminando no início da década de 30.

Quando a 1ª Guerra começa, em 1914, Jules e Jim são convocados por lados opostos. Ao final da guerra, Jim vai visitar o casal de amigos que se mudou para a Alemanha e começa um caso com Catherine. Jules acaba aceitando esse triângulo amoroso por gostar muito de ambos.

Jeanne Moreau foi a escolha perfeita para Catherine: Ela faz o expectador entender que esta não é uma mulher comum que os homens adoram. É possivelmente o retrato mais completo de qualquer personagem feminino em toda Nouvelle Vague e que fez dela uma estrela internacional. A cena em que ela se veste de homem e corre junto com os dois é memorável. É um belo filme que deve ser assistido.

O diretor conta com o auxílio de muitas referências aos filmes antigos como fotografias, pinturas, romances, música e teatro. "Uma Mulher para Dois" é um filme bastante surpreendente, Truffaut concebeu um fragmento de cinema que é maravilhosamente sedutor e uma alegria para assistir.

Uma Mulher para Dois (Jules et Jim, 1962)
Direção: François Truffaut
Roteiro: François Truffaut
Elenco: Jeanne Moreau, Oskar Werner, Henri Serre

Trailer:

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2 de abr. de 2012

Os ´Jogos Vorazes´ começaram nos cinemas

O filme "Jogos Vorazes" é o novo fenômeno do cinema adaptado de um livro. Somente nos três primeiros dias em que esteve em exibição, arrecadou cerca de US$ 155 milhões nos EUA e mais US$ 60 milhões em outros 67 países. Mas a obra aponta para um novo público frequentador de cinema. Assim como aconteceu com a Saga Crepúsculo, sai de cena a plateia masculina e entra no palco a estéricas meninas adolescentes fãs de um romance entre jovens nas telonas.

Na história, num futuro caótico meninos e meninas entre 12 e 18 anos são obrigados a lutar no meio de uma selva até a morte num jogo como Big Brother. Antes de serem lançados uns contra os outros, estes jovens recebem treinamento de sobrevivência e combate. Mas, por que "Jogos Vorazes" é um fenômeno? Esta é a pergunta que todos fazem no momento. E não faltam tentativas para explicação. Mas antes de tentar fazer você entender, veja um trailer do filme:

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Comédia de Adam Sandler bate recorde de prêmios do Framboesa de Ouro

A edição 32 do Framboesas de Ouro, que premia os piores filmes do ano, foi entregue neste domingo (1º/4 - Dia da Mentira). Espécie de Oscar às avessas para satirizar o Glamour de Hollywood, colocou a nova comédia de Adam Sandler, Cada um Tem a Gêmea que Merece, como o grande vencedor da noite (ou seria perdedor?). O filme conquistou as 11 categorias as quais foi indicado ao prêmio.

Não à toa, a comédia recebeu os prêmios de Pior Filme, Pior Diretor (Dennis Dugan), Pior Ator e Pior Atriz (ambos para Sandler), Pior Casal na Tela (Sandler e Katie Holmes/ Al Pacino e Sandler e Sandler), Pior Elenco, Pior Roteiro, Pior Ator Coadjuvante (Al Pacino), Pior Atriz Coadjuvante (David Spade), Pior Elenco e Pior Remake ou Cópia Descarada (do filme de Ed Wood Glen ou Glenda).

No filme, Sandler interpreta um pai de família e sua irmã gêmea. O recorde anterior do Framboesa pertencia ao filme Eu Sei Quem me Matou, filme protagonizado por Lindsay Lohan, que ganhou oito estatuetas. A cerimônia do Framboesa de Ouro ocorria tradicionalmente na véspera do Oscar, mas a data mudou este ano para o Dia da Mentira. O prêmio foi criado em 1980 com uma forma de satirizar o glamour de Hollywood.

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