A Um Passo da Eternidade (1953)
Adaptação de um romance do escritor James Jones, "A Um Passo
da Eternidade" é uma
história longa e complexa. Com uma linguagem dura, fala com franqueza sobre
sexo e o retrato da vida militar como uma força brutal. No entanto, depois
de pagar 82 mil dólares para obter os direitos sobre a obra, a Columbia Pictures
estava determinada a realizar o filme.
O primeiro passo foi garantir a assistência do exército, porém, a
posição oficial do Pentágono era de negar qualquer ajuda ao projeto. Mas o
produtor Buddy Adler foi capaz de ganhar a aprovação ao aceitar pequenas mudanças
no roteiro.
Na história que se passa em 1941, Robert Prewitt (Montgomery
Cliff) pede transferência do exército e vai parar em uma base
militar, no Havaí. Seu novo capitão sabe que ele é um exímio boxeador e
deseja tê-lo na equipe de boxe, mas Prewitt se recusa. Irritado, o capitão
ordena que seus subordinados transformem a vida do novato em um
inferno.
Prewitt apaixona-se por Alma “Lorene” Burke (Donna Reed), uma
acompanhante em encontros sociais. Enquanto isso, o sargento Milton
Warden (Burt Lancaster) ouve que Karen Holmes (Deborah Kerr), esposa do
capitão, procura relações extraconjugais. E para complicar a
situação na base, Angelo Maggio (Frank Sinatra), um amigo de Prewitt,
é vítima de um vingativo sargento.
Nenhuma batalha gloriosa é mostrada e o clímax é o ataque japonês a Pearl Harbor. A cena de amor na praia entre Burt Lancaster e Deborah Kerr tornou-se clássica (foto no alto), mas na época era considerada muito picante e erótica.
Com os romances entre a esposa de um oficial e um sargento, e de um
pária do exército e uma prostituta (foto ao lado), o melodrama dentro do cotidiano da vida
militar é o foco do filme em duas histórias que ocorrem paralelamente. O diretor Fred Zinnemann
conduziu muito bem as performances dos atores que foram quase totalmente aclamadas nesta obra.
Sinatra ganhou um Oscar de ator coadjuvante e deu a volta por cima
depois de anos desastrosos. Embora o papel não tenha feito muito para mudar
a imagem de Donna Reed, a premiação com o Oscar de atriz coadjuvante lhe deu cacife para se lançar, alguns anos mais tarde, numa série de TV de
sucesso.
Quanto à Clift, ele passava longas horas aprendendo a tocar
corneta, além de procedimentos militares. Como resultado, recebeu elogios
da crítica por sua interpretação de alta sensibilidade. “A Um Passo da Eternidade” obteve, ao todo, oito premiações do
Oscar, incluindo melhor filme, diretor e roteiro.
A Um Passo da Eternidade (From Here to Eternity, 1953)
Direção: Fred Zinnemann
Roteiro: Daniel Tadarash
Elenco: Burt Lancaster, Montgomery Cliff, Deborah Kerr, Frank Sinatra, Donna Reed, Philip Ober
1 Comentário:
Esse é meu Zinnemann favorito. Deborah Kerr: sensacional.
Abs!
Postar um comentário