Viver a Vida (1962)
Misturando tiroteios de gangster com um estudo documental de uma parisiense que se torna prostituta, "Viver a Vida" é um dos mais complexos filmes de Jean-Luc Godard. A obra revela uma inteligência cinematográfica incrível e um amadurecimento da técnica grandioso em pouco tempo. Um filme de Godard é sempre único.
Godard nunca nos deixa esquecer a artificialidade do que estamos assistindo, transformando o filme em uma poderosa meditação sobre o cinema, o capitalismo e o sexo. É uma obra-prima de criatividade que é tão radical e alucinante hoje como era há cinco décadas. Participou do Festival de Veneza onde venceu o Prêmio Especial do Júri.
Godard nunca nos deixa esquecer a artificialidade do que estamos assistindo, transformando o filme em uma poderosa meditação sobre o cinema, o capitalismo e o sexo. É uma obra-prima de criatividade que é tão radical e alucinante hoje como era há cinco décadas. Participou do Festival de Veneza onde venceu o Prêmio Especial do Júri.
Na história, Nana (Anna Karina, então esposa de Godard), depois de deixar o namorado Paul (André Labarthe), é conduzida lentamente rumo a uma vida de trabalho nas ruas. Pimp Raoul (Saddy Rebbot) lhe ensina os truques do negócio, mas quando Nana se apaixona e foge da prostituição, Raoul parte atrás dela.
Testando os limites da linguagem audiovisual, Godard cria cada cena com um floreio, utilizando zooms, travelings e close-ups, de forma inusitada e inesperada que desafia todos os nossos pensamentos sobre o que é cinema. Em uma das cenas mais memoráveis, Nana dança alegremente ao som de uma máquina Jukebox em um salão de jogos. Muitos grandes diretores abordam o assunto de prostitutas, mas quantos ilustram as histórias com os seus próprios cônjuges?
Testando os limites da linguagem audiovisual, Godard cria cada cena com um floreio, utilizando zooms, travelings e close-ups, de forma inusitada e inesperada que desafia todos os nossos pensamentos sobre o que é cinema. Em uma das cenas mais memoráveis, Nana dança alegremente ao som de uma máquina Jukebox em um salão de jogos. Muitos grandes diretores abordam o assunto de prostitutas, mas quantos ilustram as histórias com os seus próprios cônjuges?
O cinema de Godard é altamente reconhecível. Seus filmes raramente desenvolvem um estilo determinado, um sistema ou regime. Essencialmente, não há um modo de leitura ou categorização do cinema de Godard. Cada um de seus filmes é um pedaço, uma coleção de momentos isolados, que são tanto dispersivos como contidos.
Através de sua obsessão com a imagem de Nana, "Viver a Vida" é melhor caracterizado pelo close-up do rosto e as múltiplas formas de ter sido fotografada do que pela narrativa, ou qualquer uma das histórias que conta ou perspectivas que ela revela.
Através de sua obsessão com a imagem de Nana, "Viver a Vida" é melhor caracterizado pelo close-up do rosto e as múltiplas formas de ter sido fotografada do que pela narrativa, ou qualquer uma das histórias que conta ou perspectivas que ela revela.
Viver a Vida (Vivre sa vie, 1962)
Direção: Jean-Luc Godard
Roteiro: Jean-Luc Godard
Elenco: Anna Karina, Saddy Rebbot, André Labarthe, Monique Messini
Trailer:
1 Comentário:
Adriano, este filme é incrivel, uma perola emocional e sensorial!
Muito bom seu blog, parabéns! finalmente te linkei ao meu e te sigo!
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