27 de mai. de 2010

A Um Passo da Eternidade (1953)


Adaptação de um romance do escritor James Jones, "A Um Passo da Eternidade" é uma história longa e complexa. Com uma linguagem dura, fala com franqueza sobre sexo e o retrato da vida militar como uma força brutal. No entanto, depois de pagar 82 mil dólares para obter os direitos sobre a obra, a Columbia Pictures estava determinada a realizar o filme.

O primeiro passo foi garantir a assistência do exército, porém, a posição oficial do Pentágono era de negar qualquer ajuda ao projeto. Mas o produtor Buddy Adler foi capaz de ganhar a aprovação ao aceitar pequenas mudanças no roteiro.

Na história que se passa em 1941, Robert Prewitt (Montgomery Cliff) pede transferência do exército e vai parar em uma base militar, no Havaí. Seu novo capitão sabe que ele é um exímio boxeador e deseja tê-lo na equipe de boxe, mas Prewitt se recusa. Irritado, o capitão ordena que seus subordinados transformem a vida do novato em um inferno.

Prewitt apaixona-se por Alma “Lorene” Burke (Donna Reed), uma acompanhante em encontros sociais. Enquanto isso, o sargento Milton Warden (Burt Lancaster) ouve que Karen Holmes (Deborah Kerr), esposa do capitão, procura relações extraconjugais. E para complicar a situação na base, Angelo Maggio (Frank Sinatra), um amigo de Prewitt, é vítima de um vingativo sargento.

Nenhuma batalha gloriosa é mostrada e o clímax é o ataque japonês a Pearl Harbor. A cena de amor na praia entre Burt Lancaster e Deborah Kerr tornou-se clássica (foto no alto), mas na época era considerada muito picante e erótica. 

Com os romances entre a esposa de um oficial e um sargento, e de um pária do exército e uma prostituta (foto ao lado), o melodrama dentro do cotidiano da vida militar é o foco do filme em duas histórias que ocorrem paralelamente. O diretor Fred Zinnemann conduziu muito bem as performances dos atores que foram quase totalmente aclamadas nesta obra.

Sinatra ganhou um Oscar de ator coadjuvante e deu a volta por cima depois de anos desastrosos. Embora o papel não tenha feito muito para mudar a imagem de Donna Reed, a premiação com o Oscar de atriz coadjuvante lhe deu cacife para se lançar, alguns anos mais tarde, numa série de TV de sucesso.

Quanto à Clift, ele passava longas horas aprendendo a tocar corneta, além de procedimentos militares. Como resultado, recebeu elogios da crítica por sua interpretação de alta sensibilidade. “A Um Passo da Eternidade” obteve, ao todo, oito premiações do Oscar, incluindo melhor filme, diretor e roteiro.

A Um Passo da Eternidade (From Here to Eternity, 1953)
Direção: Fred Zinnemann
Roteiro: Daniel Tadarash
Elenco: Burt Lancaster, Montgomery Cliff, Deborah Kerr, Frank Sinatra, Donna Reed, Philip Ober

1 Comentário:

Pedro Henrique Gomes disse...

Esse é meu Zinnemann favorito. Deborah Kerr: sensacional.

Abs!

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